Imagino você
Penso você
mas não te crio
você é que me cria
no seu destino
quarta-feira, junho 29, 2011
domingo, junho 26, 2011
Meus Próprios Fins
ou I´ve got the spirit, but lose the feeling (joy division)
fogo sem partilha,
as nuvens da fumaça conhecidas, conhecidas
desde o nascimento
as cinzas convertidas
em qualquer lugar, qualquer coisa
em um carro numa chuva lânguida
a única coisa que se molha é a minha natureza,
nesta inundação, nesta inundação
a pudica palha da alma rasteja na água, desapropriada
o medo escapa e permanece o medo, escapa e permanece
nós não paramos em qualquer lugar nesta beira da estrada
na esquina nossa casa
espera, a porta fechada
um conto entrando pelos cotovelos
o fogo encarando os olhos no espelho
finalmente anoitece, se existisse uma mancha grande no meu corpo
que cresce e cobre e me leva
pra dentro.
sábado, junho 18, 2011
sobre o tempo sem caule, uma promessa. *
No amor incapaz, cão na hora certa – as rezas (Sou)
Vaza o carma e a carne
pelos meus olhos, antes não chorava
antes não chorasse, calma
me fale e não seja gente, não se assuste, não exista.
Só ao meu ouvido refaça
o tempoe nestes termos
não se conheça o fim – os lugares preferidos
infinitos no espaço.
__________________
segunda-feira, junho 13, 2011
sol
Construíram a casa e o pó asfaltado
quinze horas por dia, os corpos já não existindo
realmente quis isso
os esforços
pelas tardes o chá na varanda
bem trancado à noite.
durantes as manhãs morrer.
quinze horas por dia, os corpos já não existindo
realmente quis isso
os esforços
pelas tardes o chá na varanda
bem trancado à noite.
durantes as manhãs morrer.
segunda-feira, junho 06, 2011
O Mar
O mar esta à mercê por onde durmo
bate lentamente a minha porta, com
suas ondas.
leves leves voando entre nuvens e
também por estrelas.
o céu negro abisal - fecho os olhos
monstros de todos os tamanhos
eles me auscutam o coração.
sou pedras mergulhadas.
noto, algo navega nessas águas
curioso, levanto os olhos - palavras.
bate lentamente a minha porta, com
suas ondas.
leves leves voando entre nuvens e
também por estrelas.
o céu negro abisal - fecho os olhos
monstros de todos os tamanhos
eles me auscutam o coração.
sou pedras mergulhadas.
noto, algo navega nessas águas
curioso, levanto os olhos - palavras.
sexta-feira, junho 03, 2011
shadow literature
enquanto ando a cidade me engole
indiferente,
eu noto as sombras, minhas ou alienígenas
fazendo caras, rostos, expressões.
de qualquer livro eu saio, margeando o próprio corpo,
querosene e fogo, queimando.
o gosto maniqueísta dos nossos sangues
tanques atrás das palavras
atrás de provas
cada vez mais se acumulando
se esquivando, isolando-se
casas são só sombras
aves são sombras
mãos são sombras
água no seu rosto, sombra.
quinta-feira, junho 02, 2011
outros pedidos
talvez seja uma longa vida
esticada, espriguiçada
raíz reta pela terra
veias nunca corroídas
passo-doble numa noite
rostos pelo vento envoltos
corrida pela rua
chuva sol lua
talvez os ossos animados
o sangue
como um pequeno homem
em grandes roupas.
esticada, espriguiçada
raíz reta pela terra
veias nunca corroídas
passo-doble numa noite
rostos pelo vento envoltos
corrida pela rua
chuva sol lua
talvez os ossos animados
o sangue
como um pequeno homem
em grandes roupas.
Assinar:
Postagens (Atom)