Iremos de viagem
ondas brilhantes
sairão de nossas cabeças
agora elas as responsáveis
por remar
pelas bocas das rodovias
saberemos contar em todas as línguas
e mais, em línguas antes não vividas
fadadas a se destruírem trocaremos
nossas roupas por troncos de velhas árvores
de canela que incutirão seu cheiro para sempre
na mente e nas mãos de quem nos ver passar
estaremos sempre no nosso
destino e não mais nele,
que será sempre secreto (mesmo a nós)
a fim de não mais lembrarmos como éramos ontem
Seremos mais comuns aos animais por onde passarmos
do que em frente ao espelho. Não haverá retorno
Não haverá retorno, todos dirão.
Fingindo temer o que desejamos embarcaremos
nesta Nau
naquela Nave
dentro de Rodas
com estas Asas
por aqueles Pés
e buscaremos o que antes ninguém nos perguntaria.
domingo, dezembro 21, 2014
quarta-feira, dezembro 03, 2014
D Ponto
Dezembro é tão pequeno
escondido, intravenoso
nos arroubos, nas vendas
que cobrem as felicitações
as aparições.
cubra seus olhos
os dias mal falados e ansiados
a árvore dos eventos gorda, oca
no mar dos cabelos, bolos, espelhos.
desconheço
num fim do dia que estala
abro a caixa, a chave nos ombros
ele sai, o Mês, e ri desanestesiado
acaba.
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