domingo, abril 19, 2015

casa de outro

A casa treme, estranha
à ação que encenamos
Suas mãos tremem enquanto
não as seguro
o choro incha os corredores
no vazamento de destino contrário
o seu corpo bem no meio
nunca estará
no colapso culpado
por derrubar
o lar que nunca chamamos
a angústia que perturba
em imaginar onde entregarão
a correspondência.

segunda-feira, abril 06, 2015

Método

Essa nova interação
esse novo processo

mas a ilusão
a sua volta pela porta
que ainda não fechara

câmeras filmaram toda nossa vida

estragamos nossos dentes nos penteando

por horas achei-me perfeito e cego

mas a ilusão
morre um pouco antes
e permanece rarefeita

essa volta ao que éramos
a mentira como cura;