Perdi um conto enquanto cuidava
de minhas plantas (ou seria uma poesia?)
Primeiro a terra seca entre pedrinhas
mais fundo a terra úmida que entra embaixo das unhas
O personagem some entre uma raiz e outra
a luz do Sol já um tanto longe
As palavras não me seguem não há enredo
a oportunidade esgotou-se naquela discussão
tão antiga
No fundo minhocas são sinal de saúde, mesmo na noite
A história não tem gramática, mas sim meus desejos
A água apaga ou nutre ainda me pergunto, ou o Futuro será
a lápide (entre datas) que dirá: Delete e não o papel amassado
Observo bem as folhas como um carinho que queremos receber
desde sempre: são pequenos mapas, os mapas e seu objetivo
Desligo a lâmpada muito alta
essa última luz e finalmente
acontecerão coisas que não posso ver.
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