quinta-feira, julho 29, 2010

Feliz é aquele que esquece o que não pode mais ser mudado

a sauna escorrida do seu cabelo
e a cabeça manca e surda, sua.
as frases nascem dos antebraços
e esbarram na parede, as unhas.

os minutos descansam, como a morte
os ossos andam desfeitos pelo ar
todas as explosões foram esquecidas
as gargantas
as tosses,
frestas remanescentes fiscalizam, ainda
descansamos
mas também se olha de  esguelha.

domingo, julho 18, 2010


não aquece
nada
aquela luz
esquizo
meio dia
só à noite
suas mãos
iluminam
meu sorriso
um dos meus lados foi rasgado
vi no mesmo espelho
um monumento de mim

sexta-feira, julho 09, 2010

fronteira

festejo coisas
amuadas nos cantos
dos quadros
cubro os rascunhos
que fiz,
nos dedos as marcas
resistem

espero que nessa
semana de folga
resistam,
até escrever eu possa
uma carta, até.
que eu fique zen
e a raiva escondida
nos cadernos

nos cadernos

porque as coisas não estão boas.