sábado, novembro 27, 2010

processo





Não tenho tempo pra destino.
Sem desespero
mãos nas mãos
ou cretinos que podem,

Passo por dias ininteligíveis
de pensamentos mais finos
e o que sentia só era a ideia,
A rememória ultrajada
de palavras escuras.





feito 07 ou 08
Ser-ti-fico
dos verões o frio

terça-feira, novembro 23, 2010

inverno que te deixa



Duras penas,
grossas costuras no dia de chuva
 instalados e isolados
Bafejam o vento distorcido
claramente pensei em tudo

 o plano mais acertado,
comecei a contar qualquer história
para não bater mais os dentes.

e funcionou, em poucos minutos
estava descongelado.

sábado, novembro 13, 2010

gotas



vejo o otimismo na sua saliva
que
recria
a própria boca

as gotas secam
como seus amigos
 à noite

só os seus joelhos
reclamam
da sua perversão,
que você não anda

e qualquer coisa
que eu escreva
rejeita, irracional,
a ilusão.

sábado, novembro 06, 2010

nascença

continuo seguindo pelos trechos
dos seus braços e dos seus ombros
os entre trechos antes dos joelhos,
as entranhas dos estranhos em toda escuridão
os nossos pensamentos ajoelhados, riscando eu sigo
e em você, na nuca uma inscrição.

quinta-feira, novembro 04, 2010

Expurgo

que nem olhos de barco,
todos olhavam
camas e carros, costas encostas
num sonho, mas acordei finalmente hoje
e pude me ver no mesmo cloro
correndo, correndo como qualquer
inseto das suas histórias, anônimo e nojento.