terça-feira, novembro 14, 2006

e me arrasta consigo sem objetivo

Te cria, parece múltiplo,
é real que por minutos
- você na realidade –
sente bem e não vê pela fresta.
Se cair não faz mal
Morro pelos segundos
verso vigente no passado
No branco e preto de um susto:
Um homem esticado de um
lado, de outro um anão.
Oco provisório?
Tudo era verdade
Tudo era mentido
A calma pioneira do
descobridor na
alma reprise do
replicador
Ninguém precisa destes versos
Não imagino nada destes versos
Pode querer isso?
Mas eu não quero!Eu passo e esqueço.
Penso antes automático
Esqueço e sou esquecido
Sem óculos vejo
Face à face a cara
dura e torta
Ser humana
O que tem isso a ver
com palhaço.
Se voltar é horrível.
CCA 5/Ago/2006



o que se consegue para um dia
mas nada é tão natural como parece

Um comentário:

Lady Cronopio disse...

"Ninguém precisa destes versos
Não imagino nada destes versos"

?
meu deus!
tudo tão lindo neste poema de não sei quando ou como, que nem consigo ler sem chorar, sem sentir pena de mim que vivi qaté hoje sem me saber também assim.
denso, profundo, intrigante e furioso.
irretocável, Partner.
não disse nada, mas quis tudo.
você sabe. né?
(abraço)
ps: eu preciso dos seus versos.