enquanto ando a cidade me engole
indiferente,
eu noto as sombras, minhas ou alienígenas
fazendo caras, rostos, expressões.
de qualquer livro eu saio, margeando o próprio corpo,
querosene e fogo, queimando.
o gosto maniqueísta dos nossos sangues
tanques atrás das palavras
atrás de provas
cada vez mais se acumulando
se esquivando, isolando-se
casas são só sombras
aves são sombras
mãos são sombras
água no seu rosto, sombra.
Um comentário:
"água no seu rosto, sombra"
perfeito, partner!
beijos e aquela toda coisa.
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