sábado, julho 30, 2011
Raízes
Estou B no mundo
incluso
o réptil fora da terra
que prevalece
a árvore pintada pra es
te dia de festa
o seguimento começa,
a calda intercepta
a frágil caixa
nas nossas conversas
à raiz periférica
p/ e.e. cummings
quarta-feira, julho 27, 2011
domingo, julho 24, 2011
Alma das terras desconhecidas*
Se a terra ar não tivéssímos conhecimento
astrologia na carta e-mail que seja
que prolonge amor de cortar o sangue por quatro meses
a foz dos corpos nas gargantas a fé
a vida mostrada moça vã adolescente
em nenhum lugar se encontra em nenhum se peça
a cratera da espera as raspas da casa olhando direto
nãopodiaesperarumencontroqualqueramorteassoviando
pro sol pra água que sai de seus pulsos
a corda
a arma
a marcha andando pessoas pessoas e seus animais
a surpresa do toque cola em mim a macia carícia
na urina ou na justiça seca a vida ou as aspas
justifica e bebe na escada
*título de Trecho traduzido de uma música dos Dead Man's Bones
quarta-feira, julho 20, 2011
Sistema
o sonho é o mesmo
do beco à rua
do sul a chuva, o centro
árvores no inverno não existem no verão
não conheciam
que eu falava outra língua
e a água interminava os meus suícidios
de tantas coisas
não conheciam
a língua escorrendo no meu corpo
a noite nos músculos estouram
e aprendo
a trocar de pele, que cresce,
nascendo.
![]() |
Hulton-Deutsch |
do beco à rua
do sul a chuva, o centro
árvores no inverno não existem no verão
não conheciam
que eu falava outra língua
e a água interminava os meus suícidios
de tantas coisas
não conheciam
a língua escorrendo no meu corpo
a noite nos músculos estouram
e aprendo
a trocar de pele, que cresce,
nascendo.
domingo, julho 10, 2011
Tudo Nos Leva Ao Meio-Dia
A manhã ainda escura
seu rosto - luz
- refletida nas escamas de um peixe
nas garras de um urso no zoológico
luz nas nuvens ou no sangue
sigo cego um guia distante
a frota inteira daqueles barcos
nos seus cabelos
aranhas inflamam o mel, iridescente.
ainda estranho as cobras, seus dentes
as proteínas, as enzimas
sua matéria, a minha
amigo veneno ou faca de cozinha
a luz irrefletida dos seus atos
o interruptor, vasculho e abro
como no buraco atrás dos nossos olhos
como na árvore genealógica o vento sopra
no ouvido no músculo na música
se é bom ou ruim, a manhã acaba.
quarta-feira, julho 06, 2011
Sem País ou Todos
não posso dizer que se encaixe
poesia
em detalhes
rio ou lago famoso
o monstro que ensina
nos cantos vozes femininas
choram ou riem ou depravam
mas espero a minha hora
o céu não existe salvo à noite
esqueci na estante
de uma biblioteca escondida
em qual cidade, num país
e que falava : criamos tudo e isso existe,
e verdade, nós passamos a não existir.
Assinar:
Postagens (Atom)