domingo, julho 10, 2011

Tudo Nos Leva Ao Meio-Dia




A manhã ainda escura
seu rosto - luz
- refletida nas escamas de um peixe
nas garras de um urso no zoológico
luz nas nuvens ou no sangue

sigo cego um guia distante
a frota inteira  daqueles barcos
nos seus cabelos
aranhas inflamam o mel, iridescente.

ainda estranho as cobras, seus dentes
as proteínas, as enzimas
sua matéria, a minha
amigo veneno ou faca de cozinha

a luz irrefletida dos seus atos
o interruptor, vasculho e abro
como no buraco atrás dos nossos olhos

como na árvore genealógica o vento sopra
no ouvido no músculo na música
se é bom ou ruim, a manhã acaba.

Nenhum comentário: