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gerard castello lopes |
imagino a tesoura que se corta a si mesma
a corda enlarguecendo a presença
a fase da lua antecipando a luz que abriga
a conclusão o final, enlanguescendo
a terra crescendo sem sementes
os versos retrocessos comendo
a fatia do pão ainda pela manhã
quente como o vento, panos em sua testa demente
o amor escorrendo, caindo quase frio na bacia com água fria
os dias de quem anda requentando o líquido fingido
de quem não precisa um deus uma mãe
um espião na própria mente
os entes na floresta, na casa
todos que olham
o aniversário enviuvado,
a uva, o vinho errado
no desvão a mão que suporta.
e que escolta para o mundo
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