quarta-feira, novembro 30, 2011

do interior

Augusto Brazio




Posso esquecer a crise dos seus
pulmões. E a técnica dos
seus joelhos. Esqueço toda hora
os antebraços e as mutilações
dos seus cabelos
os seus olhos afundados, submersos
há vários anos.
E de todas as páginas que
eu podeira escrever --
afinal não existe céu ou navalha --
nenhum espaço entre as letras
é pra você.

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