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Robert Parke Harrison |
como se não restasse alma
nós dançamos
o corpo
bêbados e drogados
à morte aspiramos e ao
total esquecimento
desgarrados antes mesmo
da própria mãe.
os que não são
de terra e raiz
só voz.
Aprendemos a cada dia
de que alimentos
podemos provar
mas o sangue da testa
não inunda os olhos
grossos germinando
pelo chão
no coração
o símbolo me pergunta,
as ondas dum barco
desatracado há tanto tempo
que inunda
ainda
a vida (a minha) refletida
permanece ficção (dos outros).
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