quarta-feira, março 09, 2011

Estranho mas não Estrangeiro




boa noite
boa
os insetos vão parando de existir
não os posso esconder, o êxito

a noite se esquece de me gerar

engana, eu desejo
o verão se deteriora,
canta
posso enfim não estar isolado
encamado, enlutado

o ano descansa em mim

nesta noite o século fecha
a névoa decreta
o sono
o sonho
o nosso encontro

todos eles diferentes
rasgados ou por inteiro
todos eles indiferentes

na sombra ou vozes na rua,
algures eu.

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