quinta-feira, abril 17, 2014

que me vê

odeio quando paro
na metade
casulo enclausurado

ódio a rasura de
um outro me escrevendo
borboleta sem asa na noite
sem poema

mariposa reescrevendo
as chuvas de minha vida
rasgada no calor
imperial das minhas falas

a não percepção de que me entendem
descrente, assexuado, demente.




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