ave a raiva desta noite
a baita lasca fúria abrupta
louca besta vaca solta
ruiva luz que contra o dia
tanto e tarde madrugastes
morra a calma desta tarde
morra em ouro
enfim, mais seda
a morte, essa fraude,
quando próspera
viva e morra sobretudo
este dia, metal vil,
surdo, cego e mudo,
nele foi tudo e, se ser foi tudo,
já nem tudo nem sei
se vai saber a primavera
ou se um dia saberei
quem nem eu saber nem ser nem era
Paulo Leminski
2 comentários:
viva!!!! PAULO
Eita!
Sempre que venho aqui eu me assombro com seus escritos ou com seus achados...
Abraço e aquela toda coisa de sempre.
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